domingo, 23 de outubro de 2011

Salários e pensões, saúde, educação e segurança social

Chegámos aqui:

Somos 10 700 000 portugueses a residir em Portugal.

Desses, 3 000 000 são pensionistas.

700 000 desempregados e 300 000 subsidiados com o RSI.

Metade da riqueza produzida é consumida pelo estado.


Medina Carreira tem razão nesta firmação: "que os otimistas nacionais percebam o colapso do estado social que se avizinha mais depressa do que percebem o colapso das finanças públicas que estamos a viver". Fonte: Expresso e Espectador Interessado.

Não se discute se o estado social, com a dimensão e contornos atuais, tem de colapsar; apenas quando. E quanto mais tarde isso acontecer, maior será o nosso empobrecimento.

Sendo a saúde, a educação e as pensões os três setores que mais pesam nas despesas do estado, não há forma de evitar a bancarrota sem os reduzir fortemente.

Como os salários e as pensões são as variáveis que pesam nas despesas com a saúde, a educação e a segurança social, não há forma de evitar uma forte redução de todos eles. Quanto mais tarde isso for feito mais difícil será sairmos do buraco. É doloroso? É. Mas a alternativa ainda é pior. Podemos ter de regressar aos padrões de consumo dos anos 80. Eu estive lá e sobrevivi.


Dirão: não chega! Pois não. Também é preciso que o estado se livre urgentemente da despesa corrente e das dívidas das empresas públicas, sobretudo na área dos transportes, que, como é sabido, custam quase 30% da dívida pública portuguesa.



Eu já era professor em 1983, quando o país teve de ser assistido pelo FMI. Os salários e as pensões tiveram uma quebra superior a 50% em resultado da desvalorização do escudo e da inflação.



Em 1984, houve uma contração do PIB de 1,9%. Em 1985, o PIB cresceu 2,8%. Em 1986, 4,1%. Em 1987, 6,4%. Em 1988, 7,5%.



Dois anos depois, a economia voltava a crescer fortemente. A diferença é que, nessa altura, ainda não tínhamos um estado social com a atual dimensão. Não havia pensões milionárias, um hospital do estado em cada cidade, centros de saúde abertos de manhã à noite, turmas Cef e Efa a funcionarem com 10 alunos, distribuição gratuita de manuais escolares e rendimento social de inserção. Ao Governo, exige-se que corte nos desperdícios e em tudo aquilo que for excessivo face aos nossos padrões de produção e criação de riqueza e aos portugueses que se comportem como adultos resilientes e responsáveis e não como crianças choramingas e caprichosas.
 

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

MAIS UM ENERGUMENO A TENTAR FUGIR DAS RESPONSABILIDADES


ISALTINO PERTO DO FIM?
O senhor Isaltino, o do sobrinho rico e taxista na Suissa, e também o que foi preso e solto em menos de 24horas, e de quem já falamos várias vezes, está a passar, coitado, um mau bocado.
Amado de todas as maneiras e feitios pelos seus munícipes, está em vias de dar com os costados na pildra por dois anos.
Claro que não vai ser bem assim, mas são as notícias que correm. O homem tem muitos e bons advogados a tratarem dos seus assuntos na justiça.
Agora, o Tribunal Constitucional rejeitou o recurso que este senhor tinha "metido", e, apesar de ainda ter alguns dias de folga, tudo leva a crer que vai voltar aos calabouços.
Esperemos mais uns dias para ver no que isto dá, já que até há quem diga que a população de Oeiras não vai permitir que o senhor Isaltino vá preso, prevendo-se greves de fome, cortes no trânsito, manifestações mais ou menos pacíficas e, pasme-se, até há quem se proponha ir diariamente à prisão levar-lhe faisão e chouriças de sangue e alheiras e presunto e...e...e..., no caso de não conseguirem evitar que ele vá de cana.

In: Avantar

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

No jobs‏

Tiago Mota Saraiva a partir de um original grego.

Uma Vergonha na Madeira



ORA DIGAM LÁ OUTRA VEZ?
Alberto João teve uma votação abaixo dos 50%.
Uma vergonha para o líder do PSD Madeira.
Demita-se senhor Jardim, mesmo com esta maioria absoluta.
Parece que é assim que todos os partidos do Contenente entendem que deva ser.
PARABÉNS SENHOR JARDIM, AINDA NÃO FOI DESTA QUE O PUSERAM NA RUA!
Parabéns também para o CDS que teve uma votação histórica.

terça-feira, 4 de outubro de 2011

"Não divulgar, é cumplicidade!"

Não divulgar, é cumplicidade!...
cid:673517A75F7942E09A1B3B7AB94E3804@RosaDuartePC  
É preciso que se saiba: ...Os portugueses comuns (os que têm a sorte de ter trabalho)
ganham cerca de metade (55%) do que se ganha na zona euro.
 cid:66735CDF71504256BAB45B784DEC21D2@RosaDuartePC
...Mas os nossos gestores recebem, em média:
      
Mais 32% do que os americanos;
Mais 22,5% do que os franceses;
  Mais 55 % do que os finlandeses;
Mais 56,5% do que os suecos;
...E são estas "inteligências" que  afirmam:
"Os portugueses gastam acima das suas possibilidades".

FAZ PARTE DA HISTÓRIA ...

 
 F7EB345F72FC4A2CBFC54FE890A6C2FF@AlbertoPC
PARA MEDITAR E COMPARAR  

  
 
Quando José Dias Ferreira, bisavô de Manuela (Dias) Ferreira Leite, chegou a chefe do Governo em 1892, encontrou um país de "tanga", por força de elevados investimentos ferroviários e em estradas e portos. A dívida pública representava 81% do PIB e o défice orçamental era de 2%.
Juntamente com o Ministro da Fazenda - Oliveira Martins, tio-bisavô do actual presidente do Tribunal de Contas - tomou medidas drásticas: subida de impostos, corte até 20% dos vencimentos dos funcionários públicos, suspensão de admissões no Estado, paragem das grandes obras, saída do padrão-ouro e desvalorização cambial.

Durante dez anos, não foi possível recorrer a empréstimos no estrangeiro, dada a situação de bancarrota verificada.

O desenvolvimento das infra-estruturas no "fontismo" baseou-se num modelo que se pode considerar como a génese das parcerias público-privadas. Eram concessões dadas a particulares que, muitas vezes, garantiam um determinado rendimento ao investimento e, se este ficasse abaixo desta garantia, havia compensação do Estado

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Em 1892 o rei D. Carlos doou 20% (!) da sua dotação anual para ajudar o Estado e o País a sair da crise criada pelo rotativismo dos partidos (nada de novo, portanto).
Se calhar foi por isso que, mais tarde, o mataram.
Não se pode consentir que alguém dê, num país onde é costume tirar...
o melhor, se calhar, é ter cuidado...

Descrição:
cid:F5BF7B9F-9B3A-412C-8582-C44A5B567049