terça-feira, 26 de abril de 2011

Os miseráveis...


A literatura francesa marcou uma determinada época, e com ela nasceram figuras autenticamente imortais como Victor Hugo, de que destaco pela oportunidade e atualidade a sua obra “Os Miseráveis”.
Portugal, sempre foi prodigioso na qualidade da sua escrita, e nomes como Camões e Fernando Pessoa, entre outros, marcam a imortalidade mundial das letras.
Agora, Portugal tem a rara oportunidade de ter também figuras de grande destaque na politica, criando situações que ninguém imaginaria serem possíveis de acontecer num Estado que se diz democrático e voltado para o social.
Em vez de se reduzirem as mordomias de políticos e de situacionistas, como, por exemplo; a banca e os seguros, eis que o maior partido da oposição, o PSD de Pedro Passos Coelho, decide lançar uma mala de propostas para autenticamente matar o estado social, e pior do que isso; destruir os direitos adquiridos e que são pagos mês a mês pelos trabalhadores.
Será que tem cabimento na cabeça de alguém com o mínimo de respeito e inteligência que como medida prioritária se lance a proposta da redução da pensão de reforma consoante recurso ao subsidio de desemprego...
Será que alguém fica desempregado por seu maior prazer...
Será que numa sociedade com taxas de desemprego em subida, com cada vez menor setor produtivo, com a economia estagnada ou em regressão, alguém pode vir falar em incentivos para o regresso rápido ao mercado de trabalho...
Mas que incentivos são afinal esses de que fala o PSD... falar é muito fácil, agora apresentar propostas concretas é que ninguém ainda escutou da boca desse autentico bando de rapazolas sem preparação para comandar uma mercearia quanto mais um País.
Mais ridículo ainda é propor que um desempregado; possa adiantar, dentro de limites a definir, uma parte da contribuição para a reforma. Muitos desempregados ficam sem dinheiro sequer para comer, quanto mais para contribuírem para a reforma.
Estão a quer brincar com os portugueses!!!
No sistema em vigor, o Estado garante a quem recebe subsídio de desemprego "equivalência" no registo de contribuições com num valor idêntico ao que teria se continuasse a trabalhar, como refere o jornal Público.
A Proposta para reduzir pensões é assim "imoral" e "ilegítima", face a realidade, e o que seria justo e exequível seria que a contribuição fosse na justa medida do subsidio recebido.
É uma proposta mais do que imoral, que considero escandalosa e demonstra uma grande insensibilidade social. Quando falamos de subsídio de desemprego não estamos a falar de uma esmola, mas de um direito que os trabalhadores adquiriram, considerando a contribuição que fizeram para a segurança social ao longo do tempo.
Os ataques sociais que o PSD aponta no seu alegado programa eleitoral, não se ficam por aqui e o programa de privatizações selvagens bem como a redução da taxa social única, são propostas dignas de figurar no tal livro imortal de Victor Hugo – “Os Miseráveis”
O PSD entende que devem ser negociadas propostas que reduzam a despesa do Estado, o que eu considero mais do que necessário, mas ninguém sabe como, uma vez que os partidos instalados no poder e o Estado querem manter as tais mordomias e os gastos sem limite. Reduzir as despesas do Sector Empresarial e das Parcerias Público-Privadas e Concessões, onde deve ser mantido um objetivo comum de reforçar a austeridade para esses sectores seria outra boa medida, que aparece lançada no vazio sem se saber absolutamente nada de como pode ser executada, ou se algum dia pode tornar-se real.
Os portugueses, se já estão hoje numa situação lastimável, ainda podem ficar muito pior caso permitam a entrada no governo de lunáticos ainda piores que o próprio Sócrates, a quem muitos consideravam ser impossível encontrar pior.
Cada vez mais se confirma a triste realidade de que os verdadeiros miseráveis são os portugueses que vivem fora da politica ativa, pois os outros continuam a defender aquilo que lhes permite manter o seu status social e as suas mordomias.
Victor Hugo tinha carradas de razão!!!
Miseráveis!!!

Nenhum comentário:

Postar um comentário