quarta-feira, 20 de abril de 2011

Será que vamos ter um novo efeito PRD... para apanhar as canas da festa...



Não sei se ainda se recordam, mas eu recordo, e muito bem, de um tal partido, criado a imagem do General Ramalho Eanes, que obteve resultado eleitoral mais do que interessante, e depois descambou numa aventura de derrube de governo que acabou por ditar a primeira maioria absoluta em Portugal, lá nos idos dos anos 80.
Agora, passados todos estes anos, temos uma nova imagem de espelho do PRD, e é precisamente  o partido que na época foi beneficiado, quem hoje esta em serio risco de ser o mais penalizado.
As calinadas politicas se pagam caro, em especial quando praticadas por gente sem estratégia nem o mínimo de programa eleitoral, como é o caso.. 

Entre Março e Abril a imagem positiva do líder do PSD recuou oito pontos, a do primeiro-ministro subiu três.
No último mês não foram apenas as intenções de voto que mudaram, mudou também a forma como os portugueses avaliam o comportamento dos principais líderes políticos.
Pedro Passos Coelho sofreu um rombo na sua popularidade: aumentou substancialmente o número de opiniões negativas (15 pontos percentuais) e caíram as positivas (oito pontos percentuais) o que provocou um recuo de 30 pontos no saldo final. A crise política, a dissolução do Parlamento e o pedido de ajuda internacional efectuado pelo Governo penalizaram o líder da oposição que recusou viabilizar o PEC IV que os socialistas colocaram a votos no Parlamento a 23 de Março. Se isolarmos a avaliação do líder do PSD por idades e por classe social é nos jovens que alcança o pior resultado (entre os 18 e 34 anos 60% dos inquiridos têm uma imagem negativa de Passos Coelho), o mesmo acontece com as classes com maior capacidade financeira: na média alta o número de opiniões negativas está nos 57%, enquanto na classe baixa se situa no 52%.
Não me admirava nada que Sócrates; no dia 5 de Junho, fosse aclamado no Largo do Rato...
Nada mesmo...
Os Portugueses são uma casta estranha, mas não totalmente doida...
Entre um incompetente já conhecido, e um incompetente imberbe que ninguém conhece, obviamente que é bem melhor ficar com aquilo que já conhecemos!!!
O PSD anda a queimar os foguetes antes da festa, e isso lhe pode custar ter que apanhar as canas... e mandar os artistas para casa...

Um comentário:

  1. POR FALAR EM PRD...

    Ramalho Eanes diz que “em política o diálogo é indispensável” e que a situação do País só se resolve com um “Governo de salvação nacional”.

    "Um governo minoritário não resolve a situação do País. A situação do País só se resolve com um governo de urgência nacional, um governo de salvação nacional", disse Ramalho Eanes em entrevista à RTP.

    O antigo presidente da República sustentou também que "em política o diálogo é indispensável", pedindo uma "concentração de esforços" e sublinhando a urgência de "impedir que se criem condições de esticar a corda aos que já estão numa situação de corda esticada".

    Para Ramalho Eanes o "Presidente da República não poderia evitar a crise" e, em defesa dos que criticam o silêncio de Cavaco Silva, Ramalho Eanes argumentou que "o Presidente não se manifesta, tem de ser um homem paciente e deve actuar sobretudo nos bastidores porque tudo o que faça será aproveitado nas eleições".

    Na mesma ocasião, o general defendeu José Sócrates. "Tenho pena que os portugueses diabolizem o primeiro-ministro, porque ele tem muitos defeitos mas também tem qualidades". E, no mesmo sentido, considerou que "o próprio ministro das Finanças é um homem competentíssimo".

    Sobre Pedro Passos Coelho, Ramalho Eanes revelou ter "simpatia por ele", referindo que ainda "não deu provas, vamos esperar pelo seu programa".

    Assumindo-se um 'europeísta', Ramalho Eanes frisou que "a Europa não dá nada a ninguém" e que "não devíamos esperar que fosse a Europa que nos desse um futuro".

    Sobre as eleições que se aproximam, o antigo Presidente espera que "sejam diferentes e tenham menos bandeiras e mais verdade" e considera que o melhor para o País seria "um governo de largo espectro político", que juntasse "PS, PSD, CDS, independentemente dos resultados".

    Caso contrário, considera que, na altura apropriada, Cavaco Silva irá "exigir um Governo desse estilo".

    "Nas horas amargas temos de aceitar os sacrifícios e lembrar-nos que se caímos nessa situação foi também por alguma inércia nossa. A sociedade deve ser mais ousada, trabalhadora e determinada", concluiu.

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