terça-feira, 17 de maio de 2011

Acho que o PSD já perdeu estas eleições... Paz a sua alma, amém!!!


Tenho cá para mim, desde sempre, que uma sondagem vale o que vale, e tem que ser analisada de acordo com as realidades exteriores existentes no meio envolvente, já o mesmo digo de sete ou oito sondagens, vindas dos mais diversos quadrantes e que transmitem uma ambivalência de resultados muito aproximados.
Não acho que o PSD tenha já perdido por antecipação estas eleições por causa dos resultados equivalentes das sondagens que indicação a sua posição estática em relação ao Partido Socialista de Sócrates. Eu acho que o PSD já perdeu estas eleições antes mesmo de as ter começado a disputar, e por variadíssimas razões agora alicerçadas no desenvolvimento da campanha, em dias e dias de consecutivos erros e falta de capacidade politica de Pedro Passos e os seus rapazes se mostrarem a altura das necessidades mais limitadas da governação.
Antes de se iniciar a campanha, muito antes, eu me cansei de aqui escrever e em outros locais acerca da falta de caráter e preparação de Pedro Passos Coelho para o alto cargo governativo a que se arrisca a chegar, e de que; os seu antecedentes políticos e sociais não abonam em nada a seu favor para o objetivo, para além de que é uma criatura que esta a ser manipulada claramente por grupos econômicos mais interessados em delapidar o pouco que ainda resta a Portugal, que a ajudar a construir uma solução viável para o País.
Para mim esta criatura é tão simplesmente uma clara criação de Angelo Correia e mais uma meia dúzia de magnatas... foi criado como uma artimanha que possibilitasse a chega a linha do poder de decisão para alienar tudo aquilo que interessa a esses grupos de vanguarda econômica.
Eu avisei, mas muitos não acreditavam nas minhas palavras, e eis se não quando a campanha ainda aquecia, e já surgia o tema das privatizações em cima da mesa, como o mais importante para Passos apresentar em termos de propostas a conseguir assim ganhar a confiança eleitoral dos portugueses.
Só que ao contrário daquilo que ele, e eles, imaginavam, os portugueses não são burros e não entraram as cegas nessas jogadas aventureiras e de liberalismo selvagem.
O primeiro problema que enfrentou, desde logo, foi que a mensagem nem sequer conseguiu entrar nas suas hostes, e os seus militantes, simpatizantes e potenciais eleitores desde logo mostraram rejeitar essa ideia peregrina de privatizar a doida aquilo que ainda vai gerando receita publica.
Como se não bastasse, e nem quero aqui falar das patetices de revisões constitucionais e outras que tais, ainda foi buscar um Catroga já em reta final de pensamento econômico, e com uma visível senilidade emocional,  e que desatou a mandar bacuradas para o ar, como se a campanha fosse uma feira de vaidades, arregimentadas em “pentelhos” e outros artefatos linguísticos, agravada ainda pela falta de sintonia entre aquilo que ia debitando, e aquilo que o seu líder ia espalhando aos quatro ventos na volta nacional de pré-campanha, e que se veio a agravar ainda mais no decorrer da própria campanha, obrigando o PSD a mandar a senilidade de Catroga para banhos nas aguas temperadas do Brasil, sob pena do desastre ser ainda maior do que aquele que se antevê possa vir a acontecer.
A campanha eleitoral avança a bom ritmo... bom ritmo para Sócrates que ardilosamente e muito calmamente vai aproveitando os consecutivos erros, de que se destaca a tardia apresentação de um programa eleitoral, que mesmo assim ainda hoje não conseguiu chegar a larga maioria dos portugueses em termos de conhecimento, e que na sua larga maioria é um repositório daquilo que a troika impingiu a Portugal como exigência, e por outro lado uma amalgama de propostas muitas delas em que se pode observar que em cada cavadela saem umas duas minhocas... isto a juntar aos avanços e recuos de propostas, de que se pode salientar muito em especial as áreas da educação e da economia.
Erros de casting na economia, saúde, educação e em tudo o mais que Pedro Passos debita opinião, tem conduzido o PSD pela escada abaixo nas intensões de voto, deixando um Partido Socialista a hibernar na esperança de rápida chegada do dia 5 de Junho, e um CDS/PP a inchar como um balão, roubando espaço eleitoral não ao Partido Socialista, mas sim precisamente ao PSD.
As cabecinhas pensantes que acompanham Pedro Passos, decidem então, em mais uma prova da sua falta de capacidade para sequer se estarem a candidatra, que o inimigo publico a abater é nem mais nem menos do que o seu mais que necessário aliado, Paulo Portas e o CDS/PP, e desatam a atirar tiros de rajada para tentar conter o avanço eleitoral dos homens do Caldas, só que como normalmente acontece; quem ataca o seu parceiro natural, acaba por rapidamente acertar com balas nos pés, e é isso que precisamente estamos a poder assistir de poltrona neste momento, quando faltam já muito poucos dias para o dia do juízo final.
Com o patético Catroga fora de campo, poderia até ter melhorado o som interno da candidatura do PSD como maior e mais potencial candidato a governação, só que o PSD de Passos tem demasiados patetas, começando por ele próprio, e a coisa esta a ficar cada vez mais escura em termos de possibilidades. E para agravar ainda mais a situação, a tal equipa de cabecinhas pensadoras ainda decide a ultima da hora juntar opiniões a campanha de figuras que estavam escondidas nos baús do tempo... opiniões tão bolorentas que o bafio tem contagiado o eleitorado indeciso a apostar no caminho contrario... Tão escura esta a situação que as possibilidades hoje se cingem tão simplesmente em tentar perder por poucos números, ou empatar tecnicamente com o Partido Socialista e tentar que juntando os esforços com o CDS/PP consigam ter uma maioria parlamentar.
Agora imaginem vocês o que pode acontecer a Portugal se for instalada a bagunçada de uma hipotética vitória do Partido Socialista, e ao mesmo tempo uma maioria parlamentar da oposição entre o somatório de deputados eleitos pelo PSD e pelo CDS/PP...
O que vai obviamente acontecer é que como não foi firmada qualquer coligação antecipada entre o PSD e o CDS/PP, o nosso ilustre Cavaco vai chamar a Belém Sócrates, como vencedor eleitoral contra tudo e contra todos, para ele formar governo. Governo formado, a criatura vai aparecer na Assembleia da Republica como um pavão depenado, tentando captar um voto de abstenção ou do PSD ou do CDS/PP para poder seguir em frente com a sua governação, desde logo condicionada parlamentarmente... só que...
Só que, Sócrates como macaco velho, vai jogar num tipo de governabilidade a algarvia, ou seja; escondida na gaveta, só aparecendo na Assembleia com aquilo que for imprescindível de ser analisado e aprovado pelo parlamento. Tudo o mais ele vai levar avante sem dar uma oportunidade de ser contestado.
Cavaco vai ter que engolir com a pílula ministrada por Sócrates, e pior do que isso, vai ficar numa situação de potencial ameaçador no fomento de uma nova/continuada crise politica. Se decidir tomar uma decisão do tipo bomba atômica, então sim, é que Sócrates fica com o gás todo e o PSD pode arrumar as botas...
Por outro lado o PSD e o CDS/PP vão iniciar um ciclo de confrontação para testar qual dos dois é realmente o líder de oposição, independentemente do numero de deputados de cada um, e neste particular o PSD perde na palmatoria, pois aquilo que se antevê como grupo parlamentar laranja é muito pobre de conteúdo, e por outro lado Passos Coelho já se percebeu que não tem o mínimo de estaleca para se postar como líder de oposição forte, compacto, convicto e capaz de se assumir como alternativa sequer no parlamento. Ele já foi deputado, e não passou de um frouxo parlamentar, escondido nas terceiras linhas da bancada laranja, surgindo somente para debitar umas graçolas sobre a redução do tempo do Serviço Militar Obrigatório e para fazer de fiel escudeiro dos então Ministros da Educação a quem os jovens da geração rasca mostravam a bunda...
Podem vocês perguntar... e o que resta a este “badaladeiro” e cozinheiro de pamonhas para tentar ainda chegar a um resultado que lhe permita no mínimo sonhar...
Falta coisa muito fácil, mas que para ele é uma montanha escarpada e praticamente intransponível, ou seja; simplesmente ser capaz de ganhar o debate televisivo a José Sócrates, e ao; mesmo tempo que esse debate tenha uma visibilidade tal em, termos de assistência que possibilite o angariar de fundamentais votos entre os indecisos. Ao mesmo tempo vai ser necessário fazer difundir o resultado desse debate para todos aqueles que não o viram, mostrando as diferenças entre Passos e Sócrates, que até não são assim muitas, tirando o essencial...
Alguém de bom senso, e estando perante a realidade já visível, até para aqueles mais crentes, e direi que praticamente cegos na candidatura de Passos e deste PSD, vai acredita que seja possível levar avante com êxito tal empresa... obviamente que ninguém acredita, e todos estão a espera de um debate televisivo centrado no ego e experiência, a que chamo matreirice de Sócrates contra um Passos inexperiente, mal preparado e acantonado tentando não perder por muitos pontos, e que dessa forma os números finais de 5 de Junho ainda lhe possibilitem alguma respiração natural interna, sem necessidade de ser ligado a maquina... para sobreviver amis algum tempo...
Se bem o conheço, se o resultado for próximo de um desastre, ele arruma as malas e ruma a Brandoa...
Um palpite meu me diz que dia 5 de Junho vamos ter um Sócrates na varando do Largo do Rato, e um Passos resguardado, assumindo todos os passos mal dados, os tropeções as caneladas e os inúmeros tiros nos pés. No outro lado da cidade, vamos assistir no Caldas a um Lord inglês, de nome pomposo Paulo Sacadura Cabral Portas inchado até ao tutano, reclamando para si o melhor resultado e a escolha dos portugueses na sua alternativa...
Mas...
Mas sem uma maioria parlamentar, Portugal vai ficar ainda mais a deriva, e a luta politica pura e dura só agora ira realmente começar.
Como diria um epitáfio digno e solene:
Aqui jaz politicamente abatido um Pedro Passos Coelho que antes de perder as eleições já as tinha perdido!!!
Paz a sua alma. Amém!!!

“João Massapina”       

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