Aproxima-se a passos largos o dia do juízo final nestas eleições legislativas patrocinadas pelos partidos do arco governativo com a assinatura carinhosa de Cavaco Silva.
Os portugueses esperaram ansiosos pelos prometidos programas eleitoreiros, para tomarem conhecimento em especial das tão prometidas propostas do PSD, que apregoava aos sete ventos ir adotar uma aposta programática radicalmente diferente daquela que tem conduzido o Partido Socialista de José Sócrates a uma mais que conturbada governação de meia dúzia de anos.
Bem que se pode dizer que a montanha acabou por parir uma ninhada de ratinhos... e lá fui decifrando aquilo que as sumidades acabaram por poder lançar, sem estragar as boas intensões e as obrigações que vão ter que ter para com a troika internacional.
Serão mais eles, FMI e restantes, a governar Portugal, pois o papel reservado ao governo será de simples pau mandado, seja ele Sócrates ou Passos...
Reduzir o número de entradas na Função Pública, com a entrada de um funcionário por cada cinco que saiam; seria uma muito boa medida, não fora o facto de que o funcionalismo publico português esta envelhecido, e a serem cumpridos esses números, aconteceria em meia dúzia de anos, o mesmo que esta a acontecer com a falta de médicos no SNS. Os números de um para três são na verdade os mais exatos, se fossem obviamente levados a serio por quem governa, mas como nunca o são, e se continua ano após ano a encher os ministérios de boys contratados, a situação virou autentica maternidade de funcionários públicos, na sua maioria paridos as três pancadas... e muito mais de acordo com a cor partidária que com a sua vocação profissional...
Reduzir em 50% o número de assessores, eis uma muito boa medida, que ninguém acredita que possa acontecer, mas fica a intensão.
A historia de um Governo de 10 ministros e 25 secretários de Estado já nós escutamos muitas vezes, sem consequência. Depois; quando se conclui a campanha e saem os resultados quem ganha tem que distribuir o poder pelos seus apaniguados, e esquece que esta ali não para dividir mas para governar Portugal. Só no PSD devem existir, neste preciso momento, umas largas dezenas de esfomeados políticos a preparar a chegada a um ministério ou coisa muito parecida... uma oportunidade que lhe garanta umas mordomias e uns anos a sombra da bananeira...
15% de cortes nas despesas de todos os ministérios seria exequível, se parassem a maquina estatal, e nós sabemos que no curto prazo isso é totalmente impossível, face a forma de funcionamento do estado português, que necessita a muitos anos de uma reforma de cima abaixo. Não seria melhor ser mais realista e dizer que iria reformar a maquina estatal, para depois emagrecer a mesma, em vez de dizer idiotices que ninguém, de bom senso, sabe serem possíveis de executar com um simples clique de um dia para o outro.
Reduzir o número de deputados de 230 para 181 é algo de que falo a muito tempo, mas eu não ficaria com 181, seria muito mais radical e chegaria ao mínimo dos mínimos legalmente possível, que será uns já excessivos 151.
A extinção dos governos civis já tem barbas como promessa, em especial como promessa do PSD, já Cavaco como primeiro ministro falava nisso nos idos anos 80 e 90, e foi promessa que nunca foi cumprida, nem sequer amenizada nas despesas, precisamente porque nos distritos existe uma forte clientela que jamais abdica de umas mordomias especiais. Mas ao extinguir os Governos Civis, o que será que a criatura tem idealizado para reorganizar os serviços dependentes dessa pecaminosa entidade... sobrecarregar outros serviços públicos, onde diz ir reduzir o numero de funcionários... ou criar outro bicho parecido para recolocar lá as lideranças locais...
A autonomia das câmaras na educação e na saúde praticamente já existe, e eles gritam sem parar por mais verbas, e mais possibilidade de dar lugar a mais funcionários, e obviamente mais despesa publica. Para quem quer reduzir a despesa, ir adjudicar as autarquias mais responsabilidades, é o mesmo que dizer que lhes vai ter que dar mais apoios financeiros para poderem fazer frente as novas atribuições.
Privatizações da EDP, TAP, REN, CGD e Águas de Portugal, eis o negocio do século, pois na sua maioria, essas empresas publicas são quem ainda dá lucro ao Estado. A proposta é vender os anéis, com os dedos e tudo o mais incluído. Porque será que não se escuta nada sobre a venda de empresas que dão larga margem de prejuízo ao Estado... deve ser porque os grupos econômicos que apoiam na sombra Passos Coelho não estão interessados na sua compra, e só lhes interessa o file, os ossos vão continuar na mão do Estado... a comer do erário publico...
Reduzir a metade os custos com o TGV – kkkk... kkkk ainda não parei de rir... mas então não era para parar mesmo o projeto... e acordar com a Europa uma forma de adiar para as calendas gregas a possibilidade de ir comprar caramelos a Badajoz num comboio dito de alta velocidade...
Começa a surgir em todo o seu esplendor o projeto do novo Pinóquio em toda a sua grandeza... é só mudar a cara, pois o nariz ira ser igualzinho...
Diminuir para o máximo de três o número de administradores em empresas do Estado... pois sim, e para onde vai mandar os outros... para o deserto de Moçamedes... ou para as Berlengas... vai retirar essa gente de um local, e vai ter que colocar num outro, com as despesas apenas a mudar de local...
Redução de quatro pontos percentuais na Taxa Social Única é daquelas medidas que ainda ninguém percebeu, acho que nem mesmo Passos Coelho consegue explicar, como vai ser levada a cabo, e que custos vai exigir... provavelmente será ai que quer gastar aquilo que se prepara para sacar em mais IVA.
Obrigatoriedade de o Tribunal de Contas fazer uma avaliação de todos os organismos que recebem dinheiros públicos. Só um pateta pode falar nessa exigência, que é já uma das funções atribuídas ao TC, e que tem inclusivamente merecido larga quantidade de criticas ao governo.
Criação de um gabinete de apoio junto dos juízes e sentenças simplificadas para crimes menos graves. Vou voltar a rir kkkk... kkk... então quer reduzir e agora fala em aumentar com a criação de mais gabinetes. O que a Justiça necessita é de uma reorganização total, incluindo as próprias comarcas e afins, e colocar os funcionários nos locais onde fazem falta, em vez de ver andar bandos de funcionários a coçar a bunda pelas paredes em alguns locais desnecessários.
Reduzir as sentenças será escancarar ainda mais as portas a criminalidade já de si com números nunca vistos. O melhor seria mesmo acabar com os julgamentos, deixando nas mãos dos cidadãos a lei, e então seria a lei do mais forte, e a lei popular... querem mesmo tornar Portugal numa autentica anarquia... viva a bandalheira!!!
Propositadamente; não falei da área da educação, pois terei muito para dizer em particular acerca do assunto, brevemente...
Sem o caderno de encargos obrigatório da ‘troika’, a campanha eleitoral de 2011 seria uma revisitação da campanha de 2009: um debate desigual entre a verdade incómoda e a negação convicta de uma realidade deprimente, e de uma carrada de políticos incompetentes a tentarem governar-se num País totalmente a deriva.
Desta feita se embaralharam as cartas, se mudou metade da cor do baralho, mas parece que o “macete” vai acabar por ditar os mesmos vencedores. O jogo esta viciado a partida por um sistema politico que facilita a manutenção do poder nas mãos de determinados grupos organizados em torno do Partido Socialista e do PSD.
Assim vai Portugal, cantando e rindo, e cada dia ficando mais afundado!!!
Sigam por esse caminho, com esses autenticos alcolatras ao volante, que vão muito bem encaminhados... direitinho para a tumba!!!
“João Massapina”
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