sexta-feira, 20 de maio de 2011

A ascensão da incompetência ao poder, ou como Passos pode acabar com o pouco que ainda resta de Portugal


O líder do PSD, e putativo candidato a Primeiro Ministro de Portugal, Pedro Passos Coelho, não se cansa de falar em competência, em capacidade de gestão, em sapiência da sua pessoa, e esquece-se de referir que para ser competente tem que se provar que o é, não basta parecer, e neste particular nada nos garante a sua capacidade em termos profissionais, antes pelo contrário nos deixa muito serias duvidas, de acordo com a realidade dos factos.
Quanto a capacidade de gestão, a analise é similar, já que também os exemplos em que surge envolvido o seu nome, em nada de bom abonam, e de sapiência, apenas conhecemos o fenômeno digno de figurar no livro de recordes, de aos 18 (dezoito anos) ser professor de matemática, o que nem os maiores gênios da física e da química se lhe podem comparar...
Em Oslo ainda não tem conhecimento, pois se isso acontecesse já teria sido nomeado para o Nobel da sapiência precoce.  
Contra factos não existem argumentos, e para quem fala de gestão e competência, ver surgir na comunicação social a noticia de que a empresa Ribtejo, da qual Pedro Passos Coelho foi presidente entre 2005 e 2009, foi condenada a pagar 60 mil euros por negligência devido a descargas de águas residuais (uma infracção classificada como muito grave), com níveis de enxofre 15 vezes superiores aos permitidos por lei, em 2008, em nada abona a seu favor.
Obviamente que esta sua nomeação para presidente teve a benção e mãozinha de Angelo Correia, e um empurrão do seu amigo inseparável, Relvas...  
O líder do PSD confirmou ao órgão de comunicação social que divulgou este seu exemplo de competência, rigor e boa gestão que; são palavras suas: "teve conhecimento [da questão] através da directora do aterro", mas garante que se tratou de uma "situação excepcional e pontual, sem impactos ambientais".
A Ribtejo - Tratamento e Valorização de Resíduos Industriais, S.A., é proprietária e exploradora do aterro de resíduos não perigosos da Carregueira-Chamusca, que tem como principal objectivo receber os resíduos industriais produzidos nas indústrias dos 21 concelhos do distrito de Santarém. A 12 de Fevereiro de 2008 foi realizado um controlo das águas residuais, no ponto de descarga da linha de água afluente à Ribeira das Lamas. A inspecção deu conta de níveis muito superiores de sulfitos e sulfuretos, compostos de enxofre. A situação estaria fora da lei, e foi condenada pela Inspecção-Geral do Ambiente.
Hummm... seguindo as suas palavras, isto não foi nada de grave, obviamente que não foi se comparado com o que aconteceu em Chernobil... kkkkkk
"Não se encontravam a ser cumpridos dois parâmetros relativos aos limites de emissão, sendo que, apesar de o valor limite para ambos [sulfitos e sulfuretos] ser de 1,0 mg/l, só é contra-ordenação quando ultrapassam 2,0 mg/l, o que largamente sucedeu no presente caso", pode ler-se no acórdão do Tribunal Judicial da Golegã, a que o órgão de comunicação social que divulgou a ocorrência teve acesso. A concentração de sulfitos obtida durante a inspecção foi de 34 mg/l SO3 e quanto aos sulfuretos foi obtida uma concentração de 27 mg/l. A empresa foi condenada, a 26 de Novembro de 2009, a pagar uma coima de 60 mil euros por contra--ordenação muito grave, tendo ficado ainda no processo que a Ribtejo agiu por negligência e não por dolo.
Negligencia é aquilo que conheço mais próximo da verdadeira incompetência... e neste particular Passos Coelho demonstrou ser um bom e aplicado aluno.
"Níveis muito superiores de enxofre aos permitidos na lei inibem o crescimento de vida vegetal e animal. São tóxicos para a vida aquática", afirmou Rui Berkemeier, do Grupo de Resíduos da Quercus. "Além do mau cheiro, uma descarga com estes níveis de sulfuretos cria uma carência imediata de oxigénio, ou seja, pode aumentar o aparecimento de espécies que realizam a fotossíntese (algas e outros), que irão evoluir para a produção de substâncias tóxicas para os peixes e para a saúde de quem usar estes recursos (uma vez que entra na cadeia alimentar)", explicou Carmen Lima, especialista em resíduos da Quercus.
A Ribtejo recorreu para o Tribunal da Relação de Évora, que voltou a condenar a empresa a pagar 60 mil euros de coima mais o valor das custas judiciais, a 24 de Junho de 2010, numa altura em que Pedro Passos Coelho já não dirigia a empresa.
Ainda bem que já não dirigia, pois pelos indicadores se ainda dirigisse a empresa, acho que o Ribatejo já tinha sido banido do mapa...
Segundo ainda diz o líder do PSD, a coima foi paga pela Ribtejo.
Pois muito bem... as coimas são mesmo para pagar, o que não é para se conseguir comprar é a capacidade de um incompetente poder virar de um dia para o outro o mais competente que se possa imaginar existir ao cimo da terra.
É uma criatura destas que nos querem impingir para Primeiro Ministro, e se ele é capaz de tamanha façanha na área ambiental, agora imagine, do que não será capaz quando colocado perante os desafios de todo um País. 

 
Com Pedro Passos Coelho como Primeiro Ministro; algum dia a população portuguesa se arriscara a acordar gazeada por alguma descarga oriunda de São Bento...

“João Massapina”

Nenhum comentário:

Postar um comentário